domingo, 16 de novembro de 2008

Em defesa do Pequeno-Almoço!!!


"Pequeno-almoço como um rei, almoço como um príncipe e jantar como um pobre!"



  • Para quem não tem apetite logo pela manhã...

Pode começar por escolher, para educar o apetite, alimentos mais leves, como uma peça de fruta ou um iogurte. Aos poucos vá introduzindo outros alimentos, como o leite e o pão - não se esquecendo que, quando mais farta for a última refeição do dia, menor será o apetite pela manhã.



  • Para quem tem uma vida agitada..

Opte por deixar o pequeno-almoço preparado de véspera. Ou opte por começar a disciplinar-se,acordando 10 munutos mais cedo. Tenha sempre à mão alimentos práticos que, nos dias em que realmente o tempo escasseia, pode comer pelo caminho: 1 iogurte líquido,1 pão com queijo e 1 peça de fruta.

  • Para quem quer perder peso...

Omitir o pequeno-almoço é o primeiro passo para o insucesso! Cansaço, irritabilidade, dores de cabeça... São algumas consequências de quem não recarrega baterias logo de manhã, após lonbgas horas de jejum. Consequentemente, na hora de almoço e principalmente ao final do dia, o apetite é maior e mais difícil de controlar, resultando numa ingestão muito superior de alimentos, principalmente ricos em gordura e açúcar.


Comece o dia da melhor forma: com pão escuro ou cereais, para dar energia; leite, iogurte ou queijo, ricos em cálcio; e fruta fresca, fonte de fibras e vitaminas!!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conheça melhor os ovos que come!

Pois bem... após a merecida pausa, voltamos à carga objectivando dar continuação a este trabalho...partilhando convosco o que de interesse nos parecer!


Hoje ficamo-nos com os ovos (e com o que descobrimos na aula de Gastrotecnia) :

  • É possível verificar o grau de frescura de um ovo:
- Colocando-o num recipiente com água (apenas procedendo ao consumo se estes se encontrarem no fundo);
- Abrindo sempre o ovo a ser utilizado num recipiente à parte, verificando o estado da clara (se esta estiver muito líquida/espalhada, a frescura pode estar comprometida)
- Após cozido, pela a posição da gema (
ao observar a gema no centro verificamos que são frescos; quando a gema se encontra numa posição intermédia são semi-frescos e quando se encontra mesmo na periferia são pouco frescos)
  • Encurtar o tempo de cozedura ou por os ovos imediatamente em água fria (o que interrompe a cozedura, e o frio da água afasta o gás da gema para a casca arrefecida)pode constituir um importante passo de modo a evitar a formação de película esverdeada a circundar a gema, correspondente a sulfureto de ferro (o que ocorre quando os ovos são sujeitos a um excesso de calor.
  • Não se deve cozinhar o ovo por mais do que 10 minutos de ebulição, pois, caso contrário, ocorre perda de enxofre e o odor torna-se desagradável.
  • Usar leite nos ovos mexidos para um maior efeito cremoso e para que estes não sequem com tanta facilidade.
  • No ovo escalfado, só a clara é que fica cozida então, no final, deve mexer-se para a gema ficar também cozida, o que ocorre mais ou menos aos 70ºC, retirando a esta temperatura o risco de contaminação por microrganismos
  • Picar o ovo depois de cozido é uma boa alternativa para polvilhar um prato confeccionado, nomeadamente para crianças com dificuldade em ingerir proteínas.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Embalagens inteligentes - exemplos

Relativamente ao post sobre Embalagens Inteligentes achei curioso referir aqui alguns exemplos concretos de produtos que já usam esta tecnologia...


A empresa Pear Bureau Northwest criou um rótulo que mostra ao consumidor o estágio de amadurecimento da pêra. A embalagem rígida capta o aroma da fruta e o rótulo reage, mudando de cor de acordo com os níveis de amadurecimento: vermelho (fruta verde), laranja (fruta firme), amarelo (fruta mole).



A Timestrip Ltd desenvolveu um rótulo que mede o tempo que a embalagem está aberta. É ideal para produtos refrigerados e congelados; o tempo de monitorização, automático, varia de 10 minutos a 12 meses. A tecnologia baseia-se na acção do sistema capilar e permite que um líquido colorido migre por um material microporoso numa taxa constante.



A vinícola australiana BRL Hardy Wine utiliza a genética para evitar a falsificação do seu vinho. Criou um sistema de segurança que incorpora uma codificação de DNA aos rótulos do produto.



Tecnologias não faltam. Mas como recomendam os especialistas, antes de usá-las é necessário estudar as reais necessidades do consumidor e do produto e ver até que ponto elas compensam o investimento ao agregarem valor à embalagem/produto, pois não esqueçamos que estas embalagens encarecem bastante o produto, devido à sua tecnologia inovadora!

Iremos estar atentos a esta evolução...

Embalagens Inteligentes

Embalagem inteligente é aquela que permite a conexão em tempo real entre a mercadoria, dados e cliente ao longo da cadeia de abastecimento, fornecendo, por exemplo, visibilidade, rastreabilidade e monitorização das condições de armazenamento.

Há 2 grupos de embalagens inteligentes:
  • Tecnologias de Comunicação - Voltadas principalmente para a cadeia de abastecimento; necessitam de equipamentos para a sua leitura. A principal inovação são as etiquetas RFID, identificador de rádio-frequência, que substitui os tradicionais códigos de barra. No futuro, quando formos a um supermercado, colocaremos as nossas compras etiquetadas com chips RFID no carrinho e sairemos pela porta sem ter que passar pela caixa; o valor da compra será somado automaticamente e deduzido no nosso cartão de crédito, activado por RFID, bastando passar por um banco de antenas.

  • Tecnologias de Diagnóstico - Informam sobre a qualidade (frescura) dos produtos. Apresentam tecnologias que interagem por meio do olho humano directamente, ou por meio de luz ultravioleta. Baseia-se em tintas, principalmente termocrómicas; e revestimentos que reagem com organismos patogénicos ou que monitorizam o teor em oxigénio e dióxido de carbono na embalagem. Existem também alternativas baseadas em enzimas e soluções bioquímicas, aplicadas na superfície da embalagem como um revestimento ou rótulo. E há também tecnologia para ser aplicada internamente.


Estas embalagens agradam aos consumidores, pois podem obter informações sobre a qualidade do produto que estão a adquirir. Ex.: a embalagem pode mudar de cor se o produto já não for fresco ou estiver fora de prazo.


Esta tecnologia só é válida se ela oferecer um benefício claro ao consumidor, ou seja, se ela agregar valor ao produto e se esse valor for perceptível.


Entre as soluções inteligentes recomendam-se tecnologias que:


  • Ajudem o produto a chegar ao consumidor em melhores condições (filmes barreira);

  • Indiquem ao consumidor a condição do produto (indicadores de amadurecimento, medidores de tempo/temperatura);

  • Apliquem o produto mais eficientemente (aplicadores electrónicos);

  • Entreguem o produto na temperatura certa (embalagens com sistemas de auto-resfriamento ou auto-aquecimento);

  • Assegurem que o produto será usado correctamente (dispositivos de tempo/validade);

  • Assegurem que o produto é original (dispositivos anti-violação/falsificação).

Promete não acham?

Dieta Cetogénica - continuação

Relativamente ao assunto da Dieta Cetogénica como tratamento da epilesia, tratado num post anterior, achei interessante divulgar um exemplo de um menú típico desta dieta:


Pequeno-almoço

- ovos mexidos com bacon ou presunto;
- 1 copo de natas batidas também é uma boa opção.


Almoço

- carne ou peixe só com salada ou legumes cozidos.


Jantar

- idêntico ao almoço.


Entre refeições

- Batidos de proteínas, queijos (os permitidos são normalmente os mais gordos, como o Brie ou o Cheddar);
- Salsichas com maionese é típico!


Acham isto saudável?
O que é certo é que traz resultados bastante positivos no tratamento de certos casos de epilepsia!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cook-chill: cozinhar hoje, servir quente amanhã!

O Sistema Cook-Chill é um processo de preparação e resfriamento dos alimentos, com o objectivo de prolongar o seu armazenamento e consequentemente a sua distribuição e consumo de forma segura e nutritiva!

Os alimentos elaborados, expostos à temperatura ambiente, deterioram-se rapidamente, através da acção dos microorganismos, das enzimas e das reacções químicas. As temperaturas de risco, que se situam entre os 5ºC e os 65ºC, favorecem a propagação dos microorganismos que causam a deterioração dos alimentos e as consequentes intoxicações alimentares.




O frio inibe a multiplicação dos microorganismos. Então, a temperatura normal de refrigeração para o sistema Cook-Chill é de 3ºC, sendo que a essa temperatura estes microorganismos são inibidos e as reacções praticamente deixam de se verificar. Além disso, a diminuição de temperatura impede, ainda, a formação de cristais oriundos do congelamento no interior dos alimentos, interferindo nas suas qualidades nutritivas e organolépticas.


É deste conhecimento que nasce o processo Cook-Chill, bastante popular e desenvolvido na cozinha internacional com grandes campos de aplicabilidade, mas ainda pouco conhecido em Portugal.




A técnica engloba a confecção dos alimentos, seguidos de um rápido arrefecimento até cerca de 3ºC, embalamento e armazenamento a temperaturas controladas.



O principal objectivo do sistema é permitir a confecção de alimentos com antecedência, garantindo segurança microbiológica e mantendo as características de um alimento recém-cozinhado. Como resultado, as refeições podem ser servidas bastante tempo depois de terem sido confeccionadas.




Já no local de consumo, as refeições são regeneradas (aquecidas), combinando a temperatura e humidade, permitindo assim, a preservação do valor nutricional e as características organolépticas dos alimentos.


Inicialmente criado para serviços de catering hospitalares, o sistema de Cook-Chill encontra-se actualmente presente em todos os sectores da restauraçao e hotelaria, nomeadamente na restauração colectiva, em servços escolares, sociais e empresariais.


Inovador e promissor não?





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O melhor amigo do consumidor

A revista PROTESTE fornece aos consumidores em geral excelentes informações acerca de vários produtos e, uma vez que os alimentares acabam por estar muitas vezes entre eles, decidimos ler com atenção algumas das mais actuais, de onde seleccionamos algumas questões que consideramos interessantes para o consumidor:

· Quantos dias posso manter a carne cozinhada e crua? E a sopa?
A carne deve ser guardada na zona mais fria a uma temperatura entre 0ºC e 3ºC, junto dos pratos já cozinhados, peixe, produtos de charcutaria e outros produtos sensíveis. A carne picada deve ser consumida de imediato e até 24 horas. Outras carnes cruas podem ficar no frigorífico até 3 dias. Já as cozinhadas só resistem durante 1 a 2 dias. A temperatura no interior do frigorífico deve rondar os 3ºC, mas nunca deve ser negativa, nem superior a 5ºC.

· Se um alimento apodrecer no interior pode contaminar os restantes?
Sim, pode haver transmissão de odores e de bactérias. Proteja os alimentos com película aderente ou coloque-os em caixas herméticas. Evite contaminações e limpe o frigorífico, pelo menos, uma vez por trimestre, com água e bicarbonato de sódio, detergente da loiça ou produto de limpeza próprio. Enxagúe bem o aparelho com um pano húmido.

· Como reconhecer leite estragado?
Se a embalagem está inchada antes de a abrir, o leite já não está em boa condições. O desenvolvimento de microrganismos pode provocar a formação de gás e um aumento do volume do pacote.
No caso do leite UHT (ultrapasteurizado), depois de aberto, guarde-o na porta, na zona menos fria do frigorífico, e consuma-o no prazo máximo de 3 a 4 dias. Os leites pasteurizados ou do dia devem ir para o frio logo após a compra e, depois de abertos, duram 1 a 3 dias.

· Até quando posso comer um iogurte, depois de ultrapassar a data de validade?
O melhor é não comer. Alguns alimentos apresentam uma data de durabilidade mínima até à qual o fabricante garante que conservam as suas propriedades. É o caso dos produtos com a indicação “consumir de preferência antes de…” no rótulo. Outros, como os iogurtes, indicam uma data limite de consumo, expressa em “consumir até…”, com indicação do dia e mês, pois são mais perecíveis e podem representar um perigo imediato para a saúde. Uma tampa arredondada é também sinal de um iogurte estragado.

· Qual a melhor alimentação para quem tem problemas de colesterol?
Nestes casos as gorduras saturadas são um alvo a abater. Carnes vermelhas, charcutaria e outros produtos gordos de origem animal devem ser banidos da dieta, bem como alimentos ricos em ácidos gordos trans. É o caso dos produtos de padaria, bolacha e óleos de fritura reutilizados, entre outros.
Já as gorduras monoinsaturadas, como o azeite, ajudam a reduzir o mau colesterol. Dentro das gorduras polinsaturadas, os benefícios vêm, sobretudo, dos ácidos gordos ómega 3 e ómega 6. Peixes gordos, como salmão, atum, cavala e sardinha, os óleos vegetais de milho e de girassol, e frutos oleaginosos, como nozes e amêndoas, são amigos do coração.

· Qual o valor dos produtos anticolesterol?
Margarinas, leites e leites fermentados à venda contêm esteróis e estanóis vegetais, componentes naturais de plantas que actuam no intestino, limitando as hipóteses do mau colesterol entrar no sangue. Mas o seu consumo deve ser complementado com uma dieta equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais, e exercício físico.
“Reduz o colesterol” é uma das alegações de redução de risco de doença ou de saúde que só pode ser feita quando comprovada pela ciência. Até 2010, a comissão Europeia vai aprovar uma lista de alegações para todos os Estados-membros e as condições para a sua utilização. A quantidade e a forma de ingerir o produto, indicação da importância de uma dieta variada e equilibrada e avisos de riscos ou quem deva evitar o seu consumo também serão obrigatórios nos rótulos.

· O que significa “light” e “sem adição de açúcar”?
Um produto só pode ser considerado light se apresentar uma redução de, pelo menos, 30% num nutriente como gordura ou açúcar, face ao alimento tradicional. A alegação deve indicar as características que o tornam light: “menos 33% de gordura”, por exemplo. Mas não significa que o produto seja menos calórico: pode reduzir a gordura e compensar no açúcar, mantendo o valor energético.
“Sem açúcares adicionados” significa que o produto não contém açúcar ou outro elemento com propriedades edulcorantes. Mas quando os açucares estão naturalmente presentes, como no chocolate que contém açúcar natural do leite e cacau, devem indicá-lo no rótulo.

· Os alimentos integrais são mais saudáveis?
Os produtos integrais contêm mais fibras. O pão integral, por exemplo, tem mais fibras, vitaminas e sais minerais do que o pão branco. As fibras ajudam a saciar e a controlar o apetite e estimulam o trânsito intestinal. Estudos indicam que ajudam a prevenir o cancro do cólon, diabetes e doenças cardiovasculares. Por dia, recomenda-se 25 a 30 gramas de fibras, entre fruta, legumes e cereais integrais.

· As batatas cozidas têm menos calorias?
Sim, se forem fritas, têm o triplo das calorias. Cozidas, são menos calóricas que a massa e o arroz cozidos.
É o modo de as preparar, e não as batatas em si, que as torna calóricas, sobretudo, quando se utiliza gordura. Prefira as batatas assadas, cozidas, em puré ou estufadas.
Se fritar, corte-as grossas, para absorverem menos gordura e, antes de as colocar no óleo, seque-as bem. Caso utilize batatas congeladas, coloque poucas no cesto, para que não demorem a fritar e absorvam menos gordura.

· Como tenho a certeza de que um ovo está fresco?
Um ovo está fresco se, ao imergi-lo em água, permanecer no fundo do recipiente. Os ovos velhos flutuam e a sua casca é mais lisa e com brilho (a do ovo novo é áspera e opaca). Quando aberto, um ovo fresco quase não tem odor. A clara, límpida e translúcida, é gelatinosa, e a gema, saliente. Se a clara estiver fluida e a gema achatada é muito provável que o ovo esteja envelhecido. Num ovo fresco, as calazas mantêm a gema no lugar. À medida que um ovo envelhece, vão deixando de cumprir a sua função. A gema torna-se móvel e, sacudindo vigorosamente o ovo (se este for velho) ouve-se um ruído característico.

· Qual a melhor forma de conservar um ovo no frigorífico?
Guardá-los com a ponta mais fina virada para baixo e respeitar a data de validade impressa na embalagem ou nos ovos. Evite submetê-los a variações de temperatura acentuadas. Lave-os apenas antes da sua utilização imediata, para não danificar a cutícula que protege o ovo da entrada de bactérias.

Informações simples mas extremamente práticas, úteis para qualquer um de nós!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Dieta Cetogénica no Tratamento da Epilepsia



A Epilepsia é um dos mais frequentes e graves distúrbios neurológicos. O objectivo do tratamento é controlar todas as crises epilépticas, e normalmente recorre-se ao uso de fármacos antiepilépticos.


No entanto, muitos doentes não reagem à medicação e não dimunem as suas crises. Para eles surge outra hipótese... a Dieta Cetogénica!


A Dieta Cetogénica começou a ser usada como terapia anti-epíléptica no início do século XX e, embora tenha sido esquecuda após os anos 30, está novamente a ser considerada uma terapia válida no tratamento da epilepsia farmaco-resistente.


Trata-se de um regime alimentar rico em gorduras, moderado em proteínas e restrito em hidratos de carbono. Existem diversas modalidades de Dieta Cetogénica, mas em todas a finalidade é induzir cetogénese (produção de corpos cetónicos, que são composto de carácter ácido) de forma sustentada. Desconhecem-se os mecanismos exactos pelos quais a indução de cetogénese conduz à diminuição do número de crises epilépticas.



De acordo com estudos recentes, mais de 50% das crianças submetidas a esta dieta registaram melhoria no número e tipo de crises, sendo que 1/3 conseguiu mesmo redução total, permitindo diminuir ou até suspender a terapia farmacológica.


Neste momento está a decorrer um programa de aplicação de Dieta Cetogénica em crianças, no Hospital Pediátrico de Coimbra, com resultados bastante positivos!



Os benefícios da dieta são principalmente o de evitar os efeitos colaterais dos medicamentos como sedação e alteração do julgamento, bem como economizar em gastos com medicamentos.




Mas, por outro lado, a dieta é muito difícil de ser seguida. Esta estipula que por cada 6 calorias consumidas, 4 devem vir de gorduras e 2 de proteínas e hidratos de carbono. É muito difícil para a criança evitar os hidratos de carbono. As porções devem ser cuidadosamente pesadas e a dieta deve ser supervisionada por um nutricionista treinado na dieta. Além disso a dieta deve ser inicada com um jejum de 24 a 48 horas, que é monitorizado enquanto a criança está hospitalizada, para prevenir hipoglicemia.



É claro que esta é uma dieta que suscita controvérsia, devido á enorme quantidade de lípidos consumidos, podendo ter efeitos fisiológicos negativos. No entanto, são feitas análises regulares para controlar os parâmetros bioquímicos, e os efeitos negativos tendem a desaparecer quando termina a dieta.


Não nos podemos esquecer que em doentes resistentes à medicação, que não reduzem as crises epilépticas, que trazem consequências graves para a pessoa, vale a pena correr o risco e tentar a solução da Dieta Cetogénica!



Fiquei surpreendida com o papel decisivo da alimentação numa patologia neurológica...o que comprova mais uma vez que a Nutrição tem uma função importantíssima em tudo o que diz respeito ao Homem!

terça-feira, 29 de abril de 2008

ÁLCOOL NA VIDA ACADÉMICA


Com a ída dos estudantes para a faculdade é frequente o consumo de álcool. É uma realidade social a associação entre álcool e estudantes. O ambiente estudantil proporciona o seu consumo, uma vez que estes vivem num mundo de festas, e estes são pessoas autónomas e grande parte vive longe do "controlo" dos pais.
O consumo de álcool também não pode ser visto só como algo demasiado negativo. Se não for consumido em excesso não há problema. O seu consumo moderado não prejudica a saúde, bem pelo contrário, pode se tornar saudável.
O álcool é uma fonte de energia, é bastante calórico . Este facto pode prejudicar a alimentação das jovens (principalmente). Depois de uma noite de festa, com "algum" álcool, as raparigas podem ter tendência a não comer com o fim de não ingerir mais calorias.






O CONSUMO DE ÁLCOOL NÃO PREJUDICA A SAÚDE, SE MODERADO !!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sabe o que é o Slow Food?


No Congresso "Novos Rumos, Novos Desafios na Vanguarda da Nutrição", incluído na XVIII Semana de Ciências da Nutrição, organizada pela AEFCNAUP, foi abordado o tema "Movimento Slow Food em Portugal", que decidi explorar um pouco no nosso blog...


O Slow Food é uma associação não lucrativa, nascida em Itáliaem 1986 e que originou um movimento internacional, fundado em 1989, em Paris. O movimento já tem mais de 80000 membros nos cinco continentes!




"É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas" (Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food).




Este movimento nasceu por oposição ao Fast Food, que é prejuducial ao nosso bem-estar e qualidade de vida (segundo os membros do Slow Food).


O Slow Food propõe uma melhor qualidade de vida, priveligiando a consiência das nossas origens culinárias, desenvolvendo o intercâmbio de conhecimentos e a compreensão de outras culturas. Defende que se deve comer bem e devagar, de modo a poder apreciar e usufruir do momento.

Mensagem: É um movimento para a protecção do direito ao prazer!

Princípios:
  • Defesa da biodiversidade, da gastronomia e dos vinhos locais, que estão em risco por efeito da industrialização e standardização;

  • Educação do consumidor sobre produtos de qualidade e locais onde comer;

  • Empenho na promoção inteligente dos produtos e produtores e do consumo de vinho;

  • Naturalmente, agrupa pessoas que compartilham valores culturais, convivialidade e a apreciação da arte de viverem bem e a um ritmo mais lento.

A organização do movimento tem representantes locais que são os chamados Convivia, onde são promovidos eventos, debates e outras iniciativas.


Filosofia do Slow Food
"Comer é fundamental para viver. Melhorar a qualidade da nossa alimentação e 'arranjar' tempo para saborear, é uma forma simples de tornar o nosso quaotidiano mais prazenteiro".

Esta é uma associação aberta a todos...

Cozinhar a vapor - continuação!

Decidi explorar mais um pouco este método de cozinha e achei interessante divulgar algumas dicas para que tenham sucessos nos vossos pratos...


  • Pode-se adicionar especiarias, caldos concentrados ou vinho à água da panela, para intensificar o sabor dos alimentos;


  • Alimentos mais indicados para este modo de cozinhar:

- Legumes: repolhos, espinafres, bróculos, cenoura, espargos, couve-de-bruxelas e couve-flor;

- Peixe: de todo o tipo;

- Marisco: lagosta, mexilhões, vieiras e camarão;

- Carnes: frango e perú.

  • Os legumes de cheiro forte devem ser previamente escaldados para perderem parte desse odor.



E agora uma curiosidade... sabia que o Cozido das Furnas (São Miguel, Açores) é um prato confeccionado a vapor?
Para o preparar colocam-se as carnes e legumes numa panela que depois se tapa. De seguida, o recipiente é abafado com folhas de couve, metido numa saca amarrada com uma corda comprida e introduzido numa das caldeiras da Lagoa das Furnas. Passado cinco horas o prato está pronto!




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Já alguém provou?


Cozinhar a vapor!

A cozinha a vapor é um método simples, que teve origem na China. É uma forma de cozinhar que se alia a uma alimentação saudável...

Há motivos para usarmos a cozedura a vapor dos alimentos, ao nível da saúde e do bem-estar: evita-se a perda de uma percentagem relevante de nutrientes, vitaminas e sais minerais!


Ao nível do equipamento necessário para usufruir deste método de cozinha, temos 2 alternativas: a primeira para quem quer experimentar o método ou para quem quiser apenas usá-lo esporadicamente; a segunda, caso use este método com regularidade, pois provalvelmente será bom investir em equipamento próprio para o efeito:
  • alternativa: Panela e peneira de alumínio ou um escorredor de massa que se ajuste à panela;

  • alternativa: Panela própria para o efeito com 2 peças, máquinas eléctricas ou uma wok com um cesto de bambu.

De seguida vou descrever alguns passos básicos deste método:



  1. Cortar os alimentos em pedaços iguais e pequenos, para a cozedura ser mais rápida e uniforme;

  2. Temperar os alimentos e colocar no cesto suavemente, de modo que o vapor possa circular;

  3. Colocar 3 a 5 cm de água na panela. Em equipamentos próprios estes indicam a quantidade necessária;

  4. Colocar o cesto na panela quando a água levantar fervura, e pôr-lhe a tampa e baixar o lume;
  5. Evitar abrir a panela para não interromper a circulação de vapor;

6. Se for preciso adicionar mais água quente.


Nota - A regra essencial desta preparação é os alimentos não contactarem com a água durante a cozedura!


Experimentem!


sábado, 26 de abril de 2008

Workshop Alimentação Saudável (Viana, Abril 2008) - Parte V

Antes de se dar por terminado o Workshop, um chefe de cozinha conceituado na zona de Viana do Castelo apresentou aos presentes alguns pratos rápidos e saudáveis, para ajudar da melhor forma os pais, no combate à falta de tempo. O prato que mais me cativou pela sua vertente prática e saborosa foi o seguinte:

-1 tomate

- bacalhau e batata cozidos (restos)

Retira-se o interior do tomate, passa-se o bacalhau e a batata cozidos numa frigideira com um pouco de azeite e alguma cebola (ter atenção para não aquecer o azeite em excesso, de modo a não permitir que a gordura sature). De seguida tapa-se o tomate e envolve-se com alguma alface, ficando pronto a servir.



  • Deste modo, encontramos uma solução para reaproveitar por exemplo os restos de um Bacalhau à Portuguesa, evitando uma das típicas comidas rápidas que deixam gordura entranhada na loiça, azulejos...e mais que isso, no nosso corpo! É bom termos em mente que a comida regenerada não é má e que a cultura e tradição portuguesas implicam variedade e qualidade, pelo que devemos saber aproveitá-las da melhor forma

  • E não esquecer, a culinária além de uma Arte, é uma Ciência!

Prémio internacional a Nutricionista Portuguesa

A alimentação pode ajudar a tolerar os tratamentos do cancro. Este estudo valeu um prémio internacional à NutricionistaPaula Ravasco em 2005, facto que apenas tomei conhecimento no Workshop Alimentação Saudável, já referido neste blogue.

  • Uma cientista portuguesa foi premiada internacionalmente por um estudo pioneiro sobre o impacto da alimentação nos doentes com cancro, através do qual concluiu que uma nutrição adequada os ajuda a tolerar melhor os tratamentos, atenuando os sintomas. Os resultados do trabalho sustentam que a nutrição tem de ser um aspecto a ter em conta no tratamento global dos doentes com cancro, explicou Paula Ravasco à Agência Lusa. A investigadora da Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto de Medicina Molecular (IMM) estava na altura a fazer o doutoramento na área da nutrição e oncologia, na qual trabalhava desde há três anos, contou.


  • Prestes a completar trinta anos, a cientista e nutricionista no Hospital de Santa Maria, foi distinguida com o prémio «Eminent Scientist of the Year 2004 and Millenium Golden International Award», na área da oncologia clínica, que será entregue dia 18 de Março, no IMM. O galardão é concedido por uma associação mundial (International Research Promotion Council) que nomeia cientistas de acordo com a relevância e impacto dos trabalhos publicados. A investigação foi desenvolvida em ambiente clínico, em doentes do serviço de radioterapia do Hospital de Santa Maria, que mantém uma colaboração com o IMM. Os resultados da investigação de Paula Ravasco foram já publicados em várias revistas científicas internacionais, como a Clinical Oncology, Clinical Nutrition ou Head and Neck.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

É verdade que sabe bem comer bolos ou chocolates, no entanto temos de ter em atenção a nossa saúde.

De seguida apresentamos um video que de uma forma engraçado nos faz reflectir

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Workshop Alimentação Saudável (Viana, Abril 2008) - parte IV


Na penúltima parte do workshop foi dada ao público a possibilidade de colocar questões, de modo a esclarecer e tentar desmistificar alguns conceitos. Eis algumas:

- Relativamente às manteigas, num lado é nos dada uma informação, noutro lado uma outra completamente distinta…Qual é afinal a melhor marca de manteiga?
A melhor marca de manteiga é definitivamente “pouca”. Temos de encarar os publicitários como pessoas altamente inteligentes, portadores de uma imaginação espectacular, mas que muitas vezes nos ilude. A quantidade “ideal” depende de pessoa para pessoa, cada caso é um caso.

- Ao longo da sua apresentação falou-nos muito da importância do pão. E relativamente ao pão integral o que nos tem a dizer?
Os benefícios do pão integral são, na maior parte das vezes, um mito. Um dia o Mestre Emílio Peres ensinou-me que o pão integral tem no organismo o efeito palha-de-aço: arrasta tudo para o intestino. A ingestão do mesmo é apenas aconselhada para momentos específicos, já que este pode “roubar” Ferro, Cálcio, etc. O pão de mistura é o mais aconselhado.

- Uma vez que sou desportista, alimento-me essencialmente de alimentos de alto valor biológico desde que li num artigo que isto seria o mais correcto. Concorda?

Temos os alimentos de alto, médio e baixo valor biológico e o essencial é ser proporcional na sua ingestão. Como desportista, em vez disso, deveria até apostar mais em Hidratos de Carbono.

- Por vezes tenho alguma dificuldade em escolher o melhor leite. As marcas mais conceituadas são as melhores, certo? E os leites enriquecidos com Cálcio?
Nem sempre as marcas mais conceituadas correspondem às melhores. Aliás, a Proteste trata-se de um organismo isento e em muitas das vezes os seus estudos dizem-nos que os produtos de melhor qualidade são de marcas pouco conhecidas. Quando vem inscrito nas embalagens “leite enriquecido com cálcio” só nos podemos mesmo rir porque isso não tem qualquer lógica.

- A minha filha é desportista de alta competição. Que preocupações devo ter relativamente à refeição dela antes de uma prova?
A refeição que nos interessa a um atleta é aquela que antecede o desporto. As 48horas anteriores são muito mais importantes.

- Li num artigo científico que há uma forte ligação entre a massa e o cancro. É verdade?
Não, se não neste momento já teríamos informação oficial sobre isto. E, por vezes, os estudos científicos tem apenas a ver com alguma molécula que foi isolada e estudada e não o alimento todo em si.

- Aconselha as saladas e sopas que os centros comerciais nos oferecem?
Depende muito. Que não se pense que por se tratar de uma sopa ou de uma salada são super saudáveis. Por vezes, ao terem muitas misturas o efeito benéfico de uns é anulado pelo efeito de outros.

- É verdade que não devemos beber às refeições?
A pessoa deve beber quando lhe apetece, o beber água à refeição não engorda! Apenas se desaconselha em casos específicos de problemas de digestão.

O Nutricionista Jorge Guimarães aconselhou ainda todos os presentes a “fugirem” de radicalismos. As asneiras alimentares são permitidas, mas nunca em mais de 20% das vezes!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Workshop Alimentação Saudável (Viana, Abril 2008) - Parte III

Procedeu-se, de seguida, à apresentação de um Economato acerca de alguns Alimentos, em termos familiares. Vejamos então um apanhado:

- Ponto número um – Pão VS Cereais :

Pão: 1 mês = 1 pão X 0,10€ X 4pessoas X 30dias = 12€
1 ano = 12meses X 12€ = 144€
10 anos = 144€ X 10anos = 1440€



Cereais:1 pacote = +/- 5 dias para 1 pessoa – 6 pacotes = 1mês para 1 pessoa
1 mês = 6pacotes X 3€ X 4pessoas = 72€
1 ano = 72€ X 12meses = 864€
10 anos = 864€ X 10 anos = 8640€

Poupança = 8640€ - 1440€ = 7200€


- Ponto número dois – Leite VS Iogurte

Leite*: 1 pacote (1L) por dia-4 pessoas = 0,60€
1 mês = 0,60€ X 30dias = 18€
1 ano = 18€ X 12meses = 216€
10 anos = 216€ X 10anos = 2160€

Iogurte*: 1 mês = 0,50€ X 4pessoas X 30dias = 60€
1 ano = 12 meses X 60€ = 720€
10 anos = 720€ X 10anos = 7200€

* Leite: em 0,5L temos a quantidade de Cálcio necessária/dia.
* Iogurte: +/- 4 iogurtes/dia para obtermos a quantidade de Cálcio necessária/dia

Poupança = 7200€ - 2160€ = 5040€





- Ponto número três – Snack VS Sandes

Sandes: 1 mês = 0,80€ X 4 pessoas X 30 dias = 96€
1 ano = 96€ X 12 meses = 1152€
10 anos = 1152€ X 10anos = 11520€

Snack: 1 mês = 1,20€ X 4pessoas X 30dias = 144€
1 ano = 144€ X 12meses = 1728€
10 anos = 1728€ X 10 anos = 17280€

Poupança = 17280€ - 11520€ = 5760€


…Ao fim de 20 anos, gastam-se a mais um total de 18000€.

Após a apresentação deste economato, foi dado um incentivo à reorganização da forma de viver em família, a par da disciplina alimentar e do diálogo com os educandos acerca do correcto vs incorrecto.
Todas estas medidas conduzem uma família a uma grande diminuição do orçamento alimentar em função do mais saudável, já para não falar dos custos indirectos (medicamentos, tratamentos, etc.) que assim conseguimos evitar.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mais uma reportagem...

Hoje vi mais uma notícia no telejornal acerca do desanconselhamento de mais um produto dietético, desta vez, produtos da marca Herbalife.

A Herbalife é uma multinacional norte-americana, que actua na indústria de nutrição humana.


Este facto ocorreu em Espanha, onde o Ministério da Saúde espanhol desanconselhou hoje o consumo de produtos da marca Herbalife, depois de ter conhecimento de casos de toxicidade hepática, presumivelmente associados ao consumo destes produtos. Não houve suspensão de venda desses produtos.

Esses casos estão neste momento sob investigação por parte do Ministério da Saúde, com a colaboração da Herbalife de Espanha.


As autoridades portuguesas desconhecem reacções adversas associadas ao consumo destes produtos.
A Direcção-Geral da Saúde promete estar atenta ao caso...


Fonte: Lusa



sábado, 19 de abril de 2008

Doença de Crohn




A Doença de Crohn é poucas vezes referenciada no mundo da alimentação logo, é de total desconhecimento por parte de muitos. Eis um breve esclarecimento:


Caracteriza-se por uma inflamação crónica de uma ou mais partes do tubo digestivo, desde a boca, passando pelo esófago, estômago, intestino delgado e grosso até o recto e ânus.Pode resultar em: - diarréia; - estenose; - fístula; - má absorção; - necessidade de ressecções cirúrgicas...

  • Entre os alimentos permitidos temos:
  • - arroz;- purês;- carnes magras;- legumes cozidos;- ovo cozido;- gelatina;- banana maçã;- maçã;- chuchu;- mandioquinha;- batata;- cenoura;- abobrinha;- espinafre, agrião;- óleo de peixa, sardinha, atum, salmão.


As refeições devem ser frequentes e de pequeno volume. Para obter as quantidades adequadas de cada um dos alimentos citados, consulte seu(sua) nutricionista.




  • Entre os alimentos considerados proibidos temos:
    - feijão;- verduras cruas;- mamão, pêra, laranja, ameixa;- leite, iogurte, queijos;- mel;- aveia;- carne de porco, lingüiça, salsicha;- carnes gordas, banha;- biscoitos amanteigados, doces folhados, chocolate;- frituras, gratinados, preparações sauté, maionese;- pratos prontos, industrializados;- manteiga, margarina, creme de leite.

O tratamento da Doença de Crohn é individualizado, estando de acordo com as manifestações da doença em cada paciente. Como não há cura, o objectivo do tratamento é o controlo dos sintomas e das complicações.Não existe um padrão dietético para pacientes com Crohn, mas alguns destes parâmetros nutricionais referidos podem auxiliar os pacientes a evitar erros na dieta.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Workshop Alimentação Saudável (Viana, Abril 2008) - parte II

Enquanto prosseguia o chá…deu-se início à palestra interactiva, com o Dr. Jorge Guimarães – Nutricionista, Professor e responsável pela área da saúde do Agrupamento Atlântico, licenciado na FCNAUP.
Foi, desde logo, indicado como objectivo a sensibilização de determinados conceitos/aspectos relativamente à saúde alimentar das crianças.
Daqui a cerca de 10 anos a população comerá mais cerca de 30% do valor calórico que come actualmente, referiu o Dr. Jorge. Referiu também um estudo piloto realizado há 2 anos na cidade do Porto com alguns jovens. Dos inquiridos, 95% disseram que as pessoas com maior influência sobre eles eram os pais – o que é uma óptima conclusão, a ser aproveitada de forma favorável. É importante mencionar que o principal problema nasce em casa, assim como é importante saber ensinar os filhos a processar informação no lugar de pôr a culpa nas grandes cadeias que, no fundo, apenas respondem à vontade no público. É essencial enquadrar numa óptica racional as vontades das crianças relativamente a hambúrgueres com batatas fritas, guloseimas, etc.

Foi apresentada uma imagem da chamada “criança do futuro”, no sentido de sensibilizar os pais, pois, se nada fizermos para evitar, essa será uma realidade demasiado assustadora.
Neste momento, o discurso ficou directamente dirigido para a obesidade – esse tal tema que etiquetou Portugal como “o país com mais obesos”, mas desde logo o Dr. Jorge desmistificou este facto, dando relevo à importância de uma boa interpretação estatística e afirmando que Portugal é sim “o 1º país da Europa com um maior crescimento da obesidade”. E que se denote também que em 100% da obesidade mundial, apenas 30% tem como influência a hereditariedade – todo o resto tem a ver com factores comportamentais. Logo, este problema provavelmente não será resolvido, mas tem de ser controlado.

Workshop Alimentação Saudável (Viana, Abril de 2008) - Parte I

Na passada sexta-feira, dia 11 de Abril, participei num Workshop organizado na Escola EB 2/3 Dr. Pedro Barbosa, denominado “Alimentação Saudável”, destinado essencialmente a Encarregados de Educação. Os organizadores tiveram como objectivo tornar este workshop numa actividade didáctica, propícia à participação, e para isso nada melhor do que a criação de um ambiente acolhedor, servindo um chá à descrição e uma bolachas especiais, a par com o fornecimento de alguns conhecimentos sobre o chá!



Geralmente chamamos “chá” a qualquer infusão ou tisana de ervas. No entanto, rigorosamente, só devíamos chamar chá à infusão de folhas secas provenientes de uma planta originária da China e do Sudoeste Asiático chamada “Camellia Sinensis”.
Assim, “chá” : o Preto, o Verde, o Oolong e o Branco; já a Tília, a Cidreira, a Menta e a Camomila serão sim infusões ou tisanas de ervas, conforme o modo de as preparar.

Quanto às origens… Parece que o chá surgiu na China, há cerca de 5000 anos e conta a lenda que quando o imperador chinês Sheng Nong passeava pelos jardins do seu palácio pediu que lhe fervessem água, enquanto descansava debaixo da sombra de uma árvore. Enquanto esperava que a água arrefecesse, algumas folhas de um arbusto caíram dentro do seu copo, dando-lhe uma tonalidade acastanhada. O imperador decidiu provar, surpreendendo-se com o sabor agradável – a partir daí essa bebida a que se chamou chá começou a ser usada em todo o Império Chinês, em acontecimentos sociais e também como remédio para restaurar o vigor e afastar o sono.
Por volta de 1560, foram os portugueses que introduziram o chá na Europa.


  • O chá… é rico em flavonóides antioxidantes, contribuindo também para o bom funcionamento do aparelho digestivo, respiratório e urinário. As substãncias aromáticas do chá verde estimulam as papilas gustativas, o que implica melhorias no sentido do sabor.
    Contudo, o chá também contém cafeína, ainda que uma chávena de chá tenha este composto em pequena quantidade, o consumo excessivo de chá muito forte pode prejudicar o sono e alterar o funcionamento cardíaco.

    Algumas das tisanas ou infusões de ervas que tínhamos à disposição (e os seus respectivos efeitos benéficos) eram:
    - Camomila: Calmante, relaxante, indicado para casos de urticária
    - Cidreira: Relaxante, calmante, digestivo
    - Tília: Calmante – melhora claramente a qualidade do sono
    - Limão: Antioxidante, calmante, combate a acidez orgânica
  • - Maçã-Canela: Ajuda o processo digestivo - pelas suas propriedades antidiarreicas.