sexta-feira, 2 de maio de 2008

Embalagens inteligentes - exemplos

Relativamente ao post sobre Embalagens Inteligentes achei curioso referir aqui alguns exemplos concretos de produtos que já usam esta tecnologia...


A empresa Pear Bureau Northwest criou um rótulo que mostra ao consumidor o estágio de amadurecimento da pêra. A embalagem rígida capta o aroma da fruta e o rótulo reage, mudando de cor de acordo com os níveis de amadurecimento: vermelho (fruta verde), laranja (fruta firme), amarelo (fruta mole).



A Timestrip Ltd desenvolveu um rótulo que mede o tempo que a embalagem está aberta. É ideal para produtos refrigerados e congelados; o tempo de monitorização, automático, varia de 10 minutos a 12 meses. A tecnologia baseia-se na acção do sistema capilar e permite que um líquido colorido migre por um material microporoso numa taxa constante.



A vinícola australiana BRL Hardy Wine utiliza a genética para evitar a falsificação do seu vinho. Criou um sistema de segurança que incorpora uma codificação de DNA aos rótulos do produto.



Tecnologias não faltam. Mas como recomendam os especialistas, antes de usá-las é necessário estudar as reais necessidades do consumidor e do produto e ver até que ponto elas compensam o investimento ao agregarem valor à embalagem/produto, pois não esqueçamos que estas embalagens encarecem bastante o produto, devido à sua tecnologia inovadora!

Iremos estar atentos a esta evolução...

Embalagens Inteligentes

Embalagem inteligente é aquela que permite a conexão em tempo real entre a mercadoria, dados e cliente ao longo da cadeia de abastecimento, fornecendo, por exemplo, visibilidade, rastreabilidade e monitorização das condições de armazenamento.

Há 2 grupos de embalagens inteligentes:
  • Tecnologias de Comunicação - Voltadas principalmente para a cadeia de abastecimento; necessitam de equipamentos para a sua leitura. A principal inovação são as etiquetas RFID, identificador de rádio-frequência, que substitui os tradicionais códigos de barra. No futuro, quando formos a um supermercado, colocaremos as nossas compras etiquetadas com chips RFID no carrinho e sairemos pela porta sem ter que passar pela caixa; o valor da compra será somado automaticamente e deduzido no nosso cartão de crédito, activado por RFID, bastando passar por um banco de antenas.

  • Tecnologias de Diagnóstico - Informam sobre a qualidade (frescura) dos produtos. Apresentam tecnologias que interagem por meio do olho humano directamente, ou por meio de luz ultravioleta. Baseia-se em tintas, principalmente termocrómicas; e revestimentos que reagem com organismos patogénicos ou que monitorizam o teor em oxigénio e dióxido de carbono na embalagem. Existem também alternativas baseadas em enzimas e soluções bioquímicas, aplicadas na superfície da embalagem como um revestimento ou rótulo. E há também tecnologia para ser aplicada internamente.


Estas embalagens agradam aos consumidores, pois podem obter informações sobre a qualidade do produto que estão a adquirir. Ex.: a embalagem pode mudar de cor se o produto já não for fresco ou estiver fora de prazo.


Esta tecnologia só é válida se ela oferecer um benefício claro ao consumidor, ou seja, se ela agregar valor ao produto e se esse valor for perceptível.


Entre as soluções inteligentes recomendam-se tecnologias que:


  • Ajudem o produto a chegar ao consumidor em melhores condições (filmes barreira);

  • Indiquem ao consumidor a condição do produto (indicadores de amadurecimento, medidores de tempo/temperatura);

  • Apliquem o produto mais eficientemente (aplicadores electrónicos);

  • Entreguem o produto na temperatura certa (embalagens com sistemas de auto-resfriamento ou auto-aquecimento);

  • Assegurem que o produto será usado correctamente (dispositivos de tempo/validade);

  • Assegurem que o produto é original (dispositivos anti-violação/falsificação).

Promete não acham?

Dieta Cetogénica - continuação

Relativamente ao assunto da Dieta Cetogénica como tratamento da epilesia, tratado num post anterior, achei interessante divulgar um exemplo de um menú típico desta dieta:


Pequeno-almoço

- ovos mexidos com bacon ou presunto;
- 1 copo de natas batidas também é uma boa opção.


Almoço

- carne ou peixe só com salada ou legumes cozidos.


Jantar

- idêntico ao almoço.


Entre refeições

- Batidos de proteínas, queijos (os permitidos são normalmente os mais gordos, como o Brie ou o Cheddar);
- Salsichas com maionese é típico!


Acham isto saudável?
O que é certo é que traz resultados bastante positivos no tratamento de certos casos de epilepsia!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cook-chill: cozinhar hoje, servir quente amanhã!

O Sistema Cook-Chill é um processo de preparação e resfriamento dos alimentos, com o objectivo de prolongar o seu armazenamento e consequentemente a sua distribuição e consumo de forma segura e nutritiva!

Os alimentos elaborados, expostos à temperatura ambiente, deterioram-se rapidamente, através da acção dos microorganismos, das enzimas e das reacções químicas. As temperaturas de risco, que se situam entre os 5ºC e os 65ºC, favorecem a propagação dos microorganismos que causam a deterioração dos alimentos e as consequentes intoxicações alimentares.




O frio inibe a multiplicação dos microorganismos. Então, a temperatura normal de refrigeração para o sistema Cook-Chill é de 3ºC, sendo que a essa temperatura estes microorganismos são inibidos e as reacções praticamente deixam de se verificar. Além disso, a diminuição de temperatura impede, ainda, a formação de cristais oriundos do congelamento no interior dos alimentos, interferindo nas suas qualidades nutritivas e organolépticas.


É deste conhecimento que nasce o processo Cook-Chill, bastante popular e desenvolvido na cozinha internacional com grandes campos de aplicabilidade, mas ainda pouco conhecido em Portugal.




A técnica engloba a confecção dos alimentos, seguidos de um rápido arrefecimento até cerca de 3ºC, embalamento e armazenamento a temperaturas controladas.



O principal objectivo do sistema é permitir a confecção de alimentos com antecedência, garantindo segurança microbiológica e mantendo as características de um alimento recém-cozinhado. Como resultado, as refeições podem ser servidas bastante tempo depois de terem sido confeccionadas.




Já no local de consumo, as refeições são regeneradas (aquecidas), combinando a temperatura e humidade, permitindo assim, a preservação do valor nutricional e as características organolépticas dos alimentos.


Inicialmente criado para serviços de catering hospitalares, o sistema de Cook-Chill encontra-se actualmente presente em todos os sectores da restauraçao e hotelaria, nomeadamente na restauração colectiva, em servços escolares, sociais e empresariais.


Inovador e promissor não?





">

O melhor amigo do consumidor

A revista PROTESTE fornece aos consumidores em geral excelentes informações acerca de vários produtos e, uma vez que os alimentares acabam por estar muitas vezes entre eles, decidimos ler com atenção algumas das mais actuais, de onde seleccionamos algumas questões que consideramos interessantes para o consumidor:

· Quantos dias posso manter a carne cozinhada e crua? E a sopa?
A carne deve ser guardada na zona mais fria a uma temperatura entre 0ºC e 3ºC, junto dos pratos já cozinhados, peixe, produtos de charcutaria e outros produtos sensíveis. A carne picada deve ser consumida de imediato e até 24 horas. Outras carnes cruas podem ficar no frigorífico até 3 dias. Já as cozinhadas só resistem durante 1 a 2 dias. A temperatura no interior do frigorífico deve rondar os 3ºC, mas nunca deve ser negativa, nem superior a 5ºC.

· Se um alimento apodrecer no interior pode contaminar os restantes?
Sim, pode haver transmissão de odores e de bactérias. Proteja os alimentos com película aderente ou coloque-os em caixas herméticas. Evite contaminações e limpe o frigorífico, pelo menos, uma vez por trimestre, com água e bicarbonato de sódio, detergente da loiça ou produto de limpeza próprio. Enxagúe bem o aparelho com um pano húmido.

· Como reconhecer leite estragado?
Se a embalagem está inchada antes de a abrir, o leite já não está em boa condições. O desenvolvimento de microrganismos pode provocar a formação de gás e um aumento do volume do pacote.
No caso do leite UHT (ultrapasteurizado), depois de aberto, guarde-o na porta, na zona menos fria do frigorífico, e consuma-o no prazo máximo de 3 a 4 dias. Os leites pasteurizados ou do dia devem ir para o frio logo após a compra e, depois de abertos, duram 1 a 3 dias.

· Até quando posso comer um iogurte, depois de ultrapassar a data de validade?
O melhor é não comer. Alguns alimentos apresentam uma data de durabilidade mínima até à qual o fabricante garante que conservam as suas propriedades. É o caso dos produtos com a indicação “consumir de preferência antes de…” no rótulo. Outros, como os iogurtes, indicam uma data limite de consumo, expressa em “consumir até…”, com indicação do dia e mês, pois são mais perecíveis e podem representar um perigo imediato para a saúde. Uma tampa arredondada é também sinal de um iogurte estragado.

· Qual a melhor alimentação para quem tem problemas de colesterol?
Nestes casos as gorduras saturadas são um alvo a abater. Carnes vermelhas, charcutaria e outros produtos gordos de origem animal devem ser banidos da dieta, bem como alimentos ricos em ácidos gordos trans. É o caso dos produtos de padaria, bolacha e óleos de fritura reutilizados, entre outros.
Já as gorduras monoinsaturadas, como o azeite, ajudam a reduzir o mau colesterol. Dentro das gorduras polinsaturadas, os benefícios vêm, sobretudo, dos ácidos gordos ómega 3 e ómega 6. Peixes gordos, como salmão, atum, cavala e sardinha, os óleos vegetais de milho e de girassol, e frutos oleaginosos, como nozes e amêndoas, são amigos do coração.

· Qual o valor dos produtos anticolesterol?
Margarinas, leites e leites fermentados à venda contêm esteróis e estanóis vegetais, componentes naturais de plantas que actuam no intestino, limitando as hipóteses do mau colesterol entrar no sangue. Mas o seu consumo deve ser complementado com uma dieta equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais, e exercício físico.
“Reduz o colesterol” é uma das alegações de redução de risco de doença ou de saúde que só pode ser feita quando comprovada pela ciência. Até 2010, a comissão Europeia vai aprovar uma lista de alegações para todos os Estados-membros e as condições para a sua utilização. A quantidade e a forma de ingerir o produto, indicação da importância de uma dieta variada e equilibrada e avisos de riscos ou quem deva evitar o seu consumo também serão obrigatórios nos rótulos.

· O que significa “light” e “sem adição de açúcar”?
Um produto só pode ser considerado light se apresentar uma redução de, pelo menos, 30% num nutriente como gordura ou açúcar, face ao alimento tradicional. A alegação deve indicar as características que o tornam light: “menos 33% de gordura”, por exemplo. Mas não significa que o produto seja menos calórico: pode reduzir a gordura e compensar no açúcar, mantendo o valor energético.
“Sem açúcares adicionados” significa que o produto não contém açúcar ou outro elemento com propriedades edulcorantes. Mas quando os açucares estão naturalmente presentes, como no chocolate que contém açúcar natural do leite e cacau, devem indicá-lo no rótulo.

· Os alimentos integrais são mais saudáveis?
Os produtos integrais contêm mais fibras. O pão integral, por exemplo, tem mais fibras, vitaminas e sais minerais do que o pão branco. As fibras ajudam a saciar e a controlar o apetite e estimulam o trânsito intestinal. Estudos indicam que ajudam a prevenir o cancro do cólon, diabetes e doenças cardiovasculares. Por dia, recomenda-se 25 a 30 gramas de fibras, entre fruta, legumes e cereais integrais.

· As batatas cozidas têm menos calorias?
Sim, se forem fritas, têm o triplo das calorias. Cozidas, são menos calóricas que a massa e o arroz cozidos.
É o modo de as preparar, e não as batatas em si, que as torna calóricas, sobretudo, quando se utiliza gordura. Prefira as batatas assadas, cozidas, em puré ou estufadas.
Se fritar, corte-as grossas, para absorverem menos gordura e, antes de as colocar no óleo, seque-as bem. Caso utilize batatas congeladas, coloque poucas no cesto, para que não demorem a fritar e absorvam menos gordura.

· Como tenho a certeza de que um ovo está fresco?
Um ovo está fresco se, ao imergi-lo em água, permanecer no fundo do recipiente. Os ovos velhos flutuam e a sua casca é mais lisa e com brilho (a do ovo novo é áspera e opaca). Quando aberto, um ovo fresco quase não tem odor. A clara, límpida e translúcida, é gelatinosa, e a gema, saliente. Se a clara estiver fluida e a gema achatada é muito provável que o ovo esteja envelhecido. Num ovo fresco, as calazas mantêm a gema no lugar. À medida que um ovo envelhece, vão deixando de cumprir a sua função. A gema torna-se móvel e, sacudindo vigorosamente o ovo (se este for velho) ouve-se um ruído característico.

· Qual a melhor forma de conservar um ovo no frigorífico?
Guardá-los com a ponta mais fina virada para baixo e respeitar a data de validade impressa na embalagem ou nos ovos. Evite submetê-los a variações de temperatura acentuadas. Lave-os apenas antes da sua utilização imediata, para não danificar a cutícula que protege o ovo da entrada de bactérias.

Informações simples mas extremamente práticas, úteis para qualquer um de nós!