terça-feira, 1 de abril de 2008

Comunicar sobre a nossa alimentação... Interessante, curioso, necessário... Mas porquê?

A questão foi lançada há já umas semanas, numa teórica de Comunicação e, se é isso que acabámos por fazer no nosso blog, vamos explorá-la.
Primeiro, sabemos que a nossa alimentação mais do que estar relacionada com muitas subpartes do “nós”, é influenciada pelas mesmas. E estas subpartes vão muito além do sabor ou do conhecimento do valor nutritivo dos alimentos. Mais precisamente...

Os nossos antecedentes culturais, por exemplo, podem fazer com que um alimento que é aceitável em determinado país seja recusado noutros (exemplo: “a carne de cavalo é consumida naturalmente em França, o que não acontece no Reino Unido, onde esse animal é muito estimado”).


Também as convicções políticas podem alterar os nossos hábitos alimentares, e deste modo ser mais um motivo para dialogar sobre alimentos (exemplo: “Os baixos salários dos vindimadores na costa ocidental dos Estados Unidos, incitou Carlos Chavez a liderar com sucesso um embargo contra as uvas da Califórnia durante os anos de 1960).


Os fabricantes de produtos alimentares e bebidas utilizam frequentemente meios subtis para persuadir as pessoas a escolher os seus produtos – pois estes são mais uns a viver quase que directamente em função da alimentação. (Exemplo: quando vemos um filme ou um programa de televisão em que uma das personagens tem na mão determinado alimento ou determinada bebida, sabemos que é pouco provável que ela se encontre ali por acaso e que, por detrás disso estará provavelmente uma empresa que pagou uma enorme quantia para tal, com o objectivo de que essa imagem influencie a escolha de quem viu).



Já para não falar no papel que a comida desempenha em muitos dos rituais da sociedade (exemplo: os doces estão associados a conforto e segurança, sendo geralmente oferecidos a amigos e parentes como sinal de afecto; o peru assado é comido no dia de Natal em Portugal e no Dia de Acção de Graças nos Estados Unidos; um outro exemplo é o bolo da noiva que é o ponto central de quase todas as festas de casamento).


O nosso gosto pessoal e a discussão das características nutricionais dos alimentos (sobretudo pela sua tão estreita ligação com a nossa saúde, cada vez mais alvo de debate) têm de facto grande peso na necessidade de comunicar sobre o que comemos, mas é pertinente – e até cativante - ter em mente também as outra áreas que se misturam, chegando por vezes a haver sobreposições. (Tentaramos mais à frente alongar alguns destes subtemas)


E em ti, qual o factor com maior influência?

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