terça-feira, 5 de maio de 2009

Produtos Naturais com falta de controlo


"Produtos Naturais em 48 lojas mal aconselhados e sem controlo" foi capa da revista "Teste Saúde" de há uns largos meses atrás, mas é um assunto que volta a estar em voga nestes últimos dias.

O estudo da DECO concluiu que os estabelecimentos de venda de produtos naturais (escolhidos aleatoriamente e entre eles: lojas dieetéticas, ervanárias, farmácias e parafarmácias) não estão preparados para ajudar o consumidor pois entre 96 visitas, apenas em 30 estabelecimentos foi possível receber orientações irrepreensíveis para a saúde. Todos estes estabelecimentos foram testados em duas situações: cansaço na gravidez e depressão. Descrevo adiante uma delas:

O suposto paciente afirmava sofrer de depressão já diagnosticada pelo médico e pretendia comprar hipericão, conselhado por um amigo, já que não sentia melhoras com o medicamento receitado pelo médico.
- 23 dos estabelecimentos não venderão e aconselharam a continuar o tratamento e a falar com o médico
- 12 venderam hipericão, que apresenta risco de interacção com antidepressivos
- 6 venderam outros produtos que também apresenta perigosa interacção com antidepressivos; em 2 destes venderam, mas aconselhando a abandonar a toma do antidepressivo. Evitaram interacções, mas assumiram o papel de médico o que é condenável
- 7 dispensaram produtos sem interacções conhecidas com antidepressivos

Perante esta grave situação, parece-me cada vez mais importante o consumidor exigir o controlo também dos produtos naturais através da criação de regras para os locais de venda, formação dos profissionais, rigor na classificação, etc.

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